Office in a Small City por Edward Hopper

Os últimos dias de agosto. Adicional

Nessa narrativa sobre uma crise pessoal que atravessa alguns meses e termina em agosto, o jovem personagem central, Júlio Dias, conversa com um interlocutor imaginário, a quem ele chama Augusto. “Dias”, porque ele é um homem comum, cotidiano. A sequência Júlio-Augusto sugere a sequência dos meses: julho-agosto. Com a chegada de Estela e o início de setembro, a crise dá sinais de que vai perdendo a força.

m Os últimos dias de agosto, há uma particularidade com relação à divisão interna, uma demarcação intencionalmente desproporcional e irônica. O romance é dividido em duas partes. A primeira se chama “Os últimos dias de agosto”, e, na edição da All Print, de 2008, vai da página 9 até a 304. A segunda parte, chamada “Setembro”, vai da página 309 até a 311, na prática perfazendo duas páginas e meia de texto. Um desenho de três xícaras fumegando abre essa segunda e última parte.

Notas de uma crise pessoal – esse seria, inicialmente, um subtítulo.

Um sincero sentimento de gratidão pelo músico que me levou, ao caixa do banco onde eu trabalhava, em São Paulo, alguns dados sobre Albinoni. Ele era cliente do banco, e eu lhe contei, durante uma conversa enquanto o atendia,  que estava escrevendo um livro e queria algo mais sobre o músico barroco, que eu mencionava em um trecho de Os últimos dia de agosto, àquela altura em fase final, após oito anos de elaboração.

Quando Júlio relembra algumas mulheres de sua adolescência e juventude, menciona Ana, Dulce, Treze e Cátia… – essa ordem sugere uma sequência numérica.

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