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Mas ela ainda é uma menina
… que acontecem
Larissa e seu Lisette. Parece o título de alguma coisa. Poderia mesmo ser o título de alguma coisa, talvez a legenda para a foto abaixo, enviada de São Paulo por e-mail, que mostra essa garota e seu exemplar de nome comprido, Lisette Maris em seu endereço de inverno, posando com ar satisfeito. Larissa Helen (talvez também o nome de alguma personagem da crônica inglesa ou de alguma atriz americana) se interessa naturalmente por leitura de ficção, e quem lhe indicou o livro foi seu professor, Mário Imori, um velho amigo que, aos poucos, vai se tornando um amigo velho. Mário, esse japa bem-humorado e terrivelmente sincero, é meu meio-amigo e meio-irmão, melhor dizendo, um amigo-irmão que tenho a sorte (vamos chamar de sorte, está bem?) de ter desde os tempos de ginásio. Lembra dessa palavra? Faz tempo. E depois de fazer mais um pouco de tempo, ele foi para a capital antes de mim, lá nos anos 1980, onde dividimos (ia dizer habitamos, por que será?) uma pensão precária na simpática travessa Adoniran Barbosa, quando e onde a gente passava fome e aprendia muito. Voltando ao ponto. Antes que eu me perca de uma vez. Pois bem. Larissa era sua aluna e adorava ler… Não, não, isso já tem cara de discurso edificante e bem-comportado. Não. Outra coisa então: quando vi essa imagem, Larissa e seu exemplar do Lisette Maris, associada à minha memória avulsa e instantânea do conteúdo dos contos, o livro nas mãos de uma estudante tão jovem, fiquei um pouco inquieto. Mas ela ainda é uma menina, pensei. Ela parece feliz com o livro, e eu, pensando no que se estende, rola e se agita lá dentro, fico sem saber se esses tais e tais contos podem lhe fazer bem ou lhe fazer mal. Só o tempo responde a uma coisa dessas, conforme Larissa muda, cresce e se compreende. Mas como um livro é apenas um livro, fica mais fácil, para ela, decidir se vale a pena ou não continuar, e isso me tranquiliza.
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Comentários
4 respostas para “Mas ela ainda é uma menina”
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Somente agora, depois de vários minutos, após ter mandado às favas a temperança, consegui parar de chorar feito uma velha viúva e escrever algo. Acredito, ao contrário de você, que a nossa amizade vem de outras vidas ou dimensões e que somos, realmente, irmãos de outros tempos, desse tempo e de todos os outros tempos. Amo você irmão.
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Legal a Foto com a Larissa Helen com o livro, me lembro dela falando desse livro como se fosse o melhor de todos, na época eu detestava ler livros, mas por causa dessa Larissa, hoje gosto muito dos meus livros.
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suas obras mexem comigo de uma forma muito boa pegam pelos sentimentos, e nao existe idade cronologica e nem tempo para se desfrutar de um bom livro , kkk vantagem a minha meu amigo que com tao pouca idade (vc q acha !!!) ter acesso a sua obra(valeu mariokkk)
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amei como nao se encantar com essa pequena homenagem ? kkkk
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