Office in a Small City por Edward Hopper

Teus olhos na escuridão. 18

Uma aventura perigosa na clandestinidade.
O mapa de um escândalo.
Um segredo potencialmente devastad
or.

Final de semana, e eu não podia evitar minha ansiedade quanto ao próximo encontro no Café Silene. Preparei, como um aluno obediente e disciplinado, além dos papéis avulsos, um bloco de anotações que encontrei no fundo de uma gaveta e que não usava há tempos: estava praticamente vazio, sem uso, só a primeira página havia sido destacada, eu nem me lembrava por quê. Duas canetas (excesso de zelo) e um envelope maior que o primeiro, mais adequado, procedimentos que me remetiam àquela alegria quieta dos meus primeiros dias de aula, quando trazia todo um material novo, limpo, impecável. Só que, agora, o conteúdo do aprendizado eram desonestidades, trapaças, canalhices, enfim: sujeiras.

Usei um aero, como da outra vez. Entrei pela porta destrancada: o mesmo cenário, a mesma penumbra. Nos degraus da calçada, antes de entrar, trocara meus óculos de grau por uns óculos escuros, conforme minha colaboradora anônima havia solicitado. A cada encontro, de acordo com as instruções dela, marcaríamos o próximo, da maneira mais simples e direta, sem jamais usar qualquer meio de comunicação externo. Ouvi o clique automático da porta que se fechava atrás de mim. O mesmo ruído contínuo de refrigeradores e uma hierarquia de sons menores, murmurantes, abafados, quase imperceptíveis, mas que estavam sempre por toda parte. Dessa vez, um silêncio que me pareceu denso e arrepiante – o dia todo tinha sido nublado, e agora, à noite, fazia mais frio que na semana anterior.

Aproximei-me da terceira mesa a partir do recorte escurecido, a mesma à qual havia me instalado no primeiro encontro. Sobre a mesa ao lado, aquela imediatamente à frente da primeira, que era protegida pela escuridão, havia um envelope branco, tamanho folha ofício, como as usadas na impressão de currículos e trabalhos acadêmicos. Do cubículo escuro, não se ouvia um tique. Ela teria deixado aquilo para mim, apenas, aquele envelope? Apurei os ouvidos. Só a minha respiração prosseguia. No mais, mantive o máximo de quietude, receando perturbar o silêncio com um gesto qualquer, esperando poder identificar sua presença ali com algum ruído mínimo, mas característico.

“Boa noite”, eu disse, em voz baixa e tom interrogativo.

Agora sim, um clique: sinal mínimo e discreto de que ela provavelmente abria ou fechava uma bolsa.

“Boa noite”, a voz bonita respondeu. “Trouxe meus cigarros?”

Ela falava baixo também, com sua entonação precisa. Mesmo assim, eu me assustei um pouco, como quando, da primeira vez, ela, não eu, havia rompido o silencio. Podia identificar o círculo minúsculo na ponta de seu cigarro, a brasa vermelha reavivada, indicando que ela acabava de inalar uma porção mais da substância contida nele.

“Trouxe sim.”

Tirei do bolso do casaco o maço de Concert, mostrei a ela, erguendo o braço no ar, como se confirmasse estar desarmado ou coisa assim. Ela já me conhecia e quase me devassava. Por que me ocorriam tais gestos e movimentos, como alguém preocupado em demonstrar sua inofensividade, sua inocência?

“Jogue aqui, para mim.”

O maço desapareceu no escuro, caindo suave sobre sua mesa. Ouvi que ela rompia o lacre, separava um dos cigarros.

“Óculos escuros, não se esqueceu. Mesmo assim, fique de perfil.”

Obedeci, sentei-me à mesa, ouvi que ela acendia um cigarro, desses novos. Devia ter finalizado o anterior, com aquela última tragada vermelhinha. Um pequeno clarão, iluminando seu espaço por uns dois segundos, foi o que pude perceber, entre os limites de meu olho esquerdo, eu olhando à frente com certa frustração, mas aceitando jogar o jogo. Em todos os encontros seguintes, seria assim. As lentes escuras impediam que eu a visse nas sombras, porque os olhos vão se acostumando ao ambiente, e ela se tornaria gradualmente mais visível, talvez identificável, conforme minha visão se ajustasse e se adaptasse também à minha vontade de enxergá-la, enxergar seu rosto, que eu imaginava sério, mas não hostil.

“Me diga uma coisa”, perguntei, olhando para a grande estante de bebidas ao fundo do balcão. “Você já tem seus cigarros, aí, na sua bolsa. Por que quer que eu lhe traga mais?”

Previ e temi outro silêncio constrangedor, em troca de uma pergunta como essa. Mas não se tratava de uma pergunta impertinente: fazia sentido. Parecia razoável que eu esperasse ao menos uma explicação para essa minha dúvida. Em vez de me submeter a mais uma porção flutuante de silêncio, ela me respondeu da maneira mais simpática possível, até onde eu pudesse mal e bem conhecê-la.

“Para agradar a uma dama, cavalheiro.”

Eu não esperava isso. Não mesmo. Ela sempre me surpreendia, em algum momento. Se eu não estivesse sentado, provavelmente teria trocado o pé de apoio. Em vez disso, quase engasguei com a saliva, uma sensação súbita na garganta, que se tornou de imediato um pigarro rascante, rápido e surdo, como se algo se esgotasse ali mesmo, garganta adentro. Como ela não dissesse mais nada, voltei à carga.

“Me diga. Você foi demitida? Saiu do governo?”

“Não.”

“Quer dizer que… você está lá ainda?”, perguntei surpreso.

Quando eu fazia perguntas assim, desnecessárias e retóricas, ela não respondia, não me devolvia uma única palavra. Deixava que um silêncio carregado de adjetivos contra mim começasse na imobilidade dela e se tornasse meu.

“Você… Em que departamento do governo você trabalha?”

Dessa vez, o troco veio rápido. “Vamos parar aqui mesmo, se você continuar tentando me identificar com essas grosserias nada inteligentes.”

“Desculpe”, falei, envergonhado e um pouco nervoso.

Era evidente que ela não me revelaria uma coisa dessas. Nada parecido. Não seria produtivo se eu ficasse atirando iscas para tentar fisgá-la, simulando naturalidade, perguntando isto e aquilo, como parte do desenvolvimento normal de alguma conversa. Eu, mais uma vez, acabava de bancar o amador, o estagiário desastrado, e já levava minha advertência em seguida, como vinda de uma professora irredutível – mas, como nunca na vida eu ouvira de uma professora irredutível, a voz mais linda e tranquila do mundo.

“Vamos continuar, me desculpe. Ahn… Sobre esse envelope que me trouxe…”

Uma primeira porção de fumaça deixou seu espaço escuro, subindo lenta e se dissipando quase à minha frente.

“Você andou pesquisando sobre mim”, disse ela quase em tom afirmativo, definitivamente não interrogativo, mas carregando um alerta suave de que pairava uma dúvida sobre isso, ao fim desse dia eventualmente nublado.

“Não. Claro que não.” Esforcei-me para não começar a tremer ali mesmo, com minha incapacidade quase transparente de sustentar uma mentira. Eu tinha que aprender, com ela, a ser frio, controlado. Tentar absorver qualquer insinuação ou observação direta com calma e neutralidade, filtrando-a por uma couraça permeável, que permitisse o tempo próprio à assimilação e à elaboração de respostas, ainda que isso durasse uma centelha de segundo, apenas.

“Estranho. Não quis saber quem eu era? Quem eu sou?”

Eu tinha de memória todos os nomes elencados, principalmente aqueles que eu não havia excluído, em minha investigação em curso. Poderia chamá-la, fingindo distração, por um daqueles nomes, dirigindo-me a ela dissimuladamente, mas já estava claro que isso seria fatal: eu iria espantá-la, trair sua confiança, e ela (na mesma expressão que ela própria usava) desapareceria.

“Bom, na verdade… Eu gostaria de saber sim. Gostaria que se apresentasse. De poder vê-la. Eu guardaria sigilo total, é claro.”

“Isso está fora de questão.”

“Sim, foi o que imaginei…”

“Por isso tentou me encontrar na rede, em sua pesquisa.”

“Não, eu… Nem cheguei a…”

“Não faça isso.”

Engoli um pouco de saliva seca, constrangido. “Não. Fique tranquila.”

Ao mesmo tempo, pensava, intuía e imaginava, em contínuo, que não desistiria de tentar identificá-la. Parecia-me impossível resistir a essa minha curiosidade crescente. E era mesmo.

“Quero continuar confiando em você.”

“Me desculpe. Sério mesmo. Não vou procurar mais”, menti.

“Quanto mais soubermos um do outro, pior. Entende isso?”

“Acho que sim. Mas não gosto da ideia.”

“Temos que eliminar tendências pessoais, em função de um plano maior.”

“Sim, mas… Por que você achou que eu não fosse ficar curioso?”

“Não achei.”

“Eu posso mentir e continuar procurando, e você não irá saber. Por que eu seguiria seu conselho quanto a isso? Por que eu deveria desistir de tentar saber quem você é?”

Fios de fumaça de quem sabia o que responder, mas pretendia talvez dar tempo a que eu degustasse mais uma vez meu nervosismo, escaparam do escuro.

“Para agradar a uma dama.”

Queria eu mesmo, inteiro, nesse momento, estar escondido na mais profunda escuridão. Eu tinha que me submeter, aceitar suas escolhas, seu controle. Eu estava ali porque queria. Isso já subentendia enquadrar-me nas regras do jogo.

“Ahn… Sobre esse envelope que me trouxe…”

“Logo vou lhe trazer mais alguma coisa, alguma coisa bem maior do que isso aí. Considere o privilégio de ter uma informante como eu. E comporte-se.”

Fingindo naturalidade, tentando livrar-me de meu nervosismo e de minha vergonha, colaborei para encerrar logo esse assunto, voltando-me atento para o tal envelope.

“O que tem nesse envelope? Posso abrir?”

Ela não respondeu. Isso significava que sim. Outra porção de fumaça. Por que deixaria um envelope sobre aquela mesa, à minha espera, se eu não pudesse abri-lo? Aos poucos, eu ia me acostumando à sua maneira de responder não respondendo, sua maneira especial de conduzir os diálogos. O envelope estava aberto.

“Pode ver depois. Mas se quiser ver agora, posso ajudar, esclarecendo dúvidas.”

Levantei a aba, tirei de dentro uns papéis. Eram cópias de planilhas feitas à mão. Imagens delas. Provavelmente fotografadas, não printadas. Colunas com nomes e codinomes. Valores. Datas. Umas quinze páginas só disso.

“Pode me dizer…?”

“O registro do esquema de superfaturamento da restauração do Estádio Romualdo Século.”

Fiquei sem fala. Repassei os papéis. As últimas páginas traziam cópias de fastposts partindo e retornando de empresas a pessoas e vice-versa, como exemplificando alguns pontos de comunicação entre as partes, que, por simples sugestão, devia contar com uma quantidade de mensagens muito maior do que aquela, ilustrada por textos nítidos, de qualidade bem definida, que vibravam sutilmente em minhas mãos e me empurravam aos limites da mera credulidade.

“Tudo isso passava por um centralizador, que era o deputado Abílio Fragoso Filho. Ele controlava item por item nessa caderneta, à moda antiga, que é assim que se evitam rastreamentos de meios digitalizados. Essa caligrafia é dele.”

“Como… conseguiu isso?”

“Essa quinta coluna, com abreviaturas estranhas, relaciona nomes de departamentos e subdivisões das empresas envolvidas e com quem ele falava. Por exemplo, DCDPN, inventada por eles, significa Departamento de Compras Dominado Por Nós. Desses 68 codinomes, no total, só cinco eu não consegui decifrar. Gente das empreiteiras. Vou lhe dizer o nome de todos os outros, na sequência. Volte à primeira página.”

Atordoado, apressei-me a abrir meu bloco de anotações, preparando-me ansiosamente para acompanhá-la.

“Não enxergo bem com esses óculos de sol. Preciso dos meus.”

“Tudo bem. Apenas continue assim, de perfil em relação a mim. Não olhe para cá, em momento algum. Nunca. Entendido?”

“Sim.”

Troquei de óculos. Peguei a caneta, bloco de rascunho à frente. Passei a anotar, como um aluno solícito atende a um ditado, cada palavra-nome que ela ia desvendando, desde a primeira linha, metodicamente.

“Aviador…”

“É o coronel Reginaldo Meira Bocca, reformado, da Aeronáutica. Responsável pela contabilidade especifica de empresas menores, que forneciam acessórios e pequenos serviços.”

“Ovelha-mor…”

“Bispo José Benedito Falchi Ruas, da Igreja Monumental do Jesus de Todos. Cuidava de pelo menos três endereços de fachada.”

“Zé do Cofre…”

Enquanto eu anotava tudo, cuidadosamente, confirmando letras dobradas em sobrenomes e iniciais com ou sem a letra H, senti que não estava bem. Fui tomado por uma espécie de ansiedade silenciosa, que não chegava a alterar-me fisicamente, mas que dava sinais evidentes de sua presença. Eu me encontrava diante de um inestimável documento escrito à mão, uma cópia imagética dele. Mesmo que alguém destruísse os originais, não haveria como não proceder a uma investigação séria a partir dos dados compilados ali.

“Espere um pouco. Só um pouco,”, pedi, erguendo a cabeça, olhando à frente, respirando fundo.

Ela apenas se calou, concordando em dar-me o tempo necessário para eu voltar à minha tal “frieza de astronauta”, que falhava às vezes. Eu não me reconhecia assim, sob algum efeito emocional adverso, nem mesmo nas duas vezes em que fora assaltado, à mão armada, por delinquentes histéricos e ameaçadores. Tornei a olhar para aqueles papéis. Para o que tinha em mãos. Não podia ser um blefe. Não podia ser uma farsa. Não era uma brincadeira. Aquelas poucas páginas revelavam somas gigantescas, desviadas de verbas públicas por ocasião da reconstrução de um dos maiores estádios do mundo, encaminhadas perfeitamente, engenhosamente, habilmente, com a simetria de um polígono complexo, um quebra-cabeça planejado para ser montado sem hesitações, como uma máquina se acopla a outra com precisão, para fortunas pessoais identificáveis.

Fiz um sinal positivo com a cabeça, indicando que me sentia melhor.

“Podemos continuar?”

“Sim”, respondi quase balbuciando, quase falhando ao emitir um simples monossílabo.

Enquanto prosseguia com as anotações, ao som da voz tranquila e agradável dessa estranha nas sombras, ocorreu-me num instante voltar minha atenção para as duas mulheres mais velhas da lista que eu havia arranjado dias atrás. Alguém com aquela sobriedade, com aquela tranquilidade, com tal conhecimento dos processos fraudulentos desenvolvidos por entidades públicas e privadas, poderia muito bem ser uma pessoa madura, vivida, acostumada ao seu meio profissional, em vias de aposentar-se talvez, embora sua voz nada revelasse quanto a uma possível associação com esta ou aquela idade, quanto a ser a voz de uma mulher de meia-idade ou a de uma jovem em seus prolíficos trinta anos.

Terminado o processo de decodificação do que se expunha naquelas páginas, fiquei olhando minhas anotações e a cópia da planilha artesanal à minha frente.

“Devo publicar isso?”

Ouvi que ela soprava suavemente uma fumaça que logo apareceu, esvanecendo-se em seguida.

“Você é livre.”

Senti uma vontade muito grande de olhar para ela, mesmo que vislumbrasse apenas alguma forma imprecisa. Mas não podia romper o acordo.

“Bom, eu… vou preparar um texto, planejar sua publicação. Estou pensando em redigir um tópico focando nos nomes principais. Resumindo o esquema de maneira didática, o mais possível. Pensei em disponibilizar imagens da planilha, como um anexo. Ou como um hiperlink do tópico…”

“Não faça isso”, ela disse de repente, enérgica e assertiva, quase assustada com minha ideia e com meu grau de ingenuidade. “Não faça isso. Essa planilha não pode jamais vir a público.”

“Mas… como eu poderei provar que…”

“Não tem que provar nada. Os pontos principais desse esquema, os nomes principais, de maior responsabilidade, são suficientes para que o Ministério Público e a Polícia Federal comecem a se mexer. Publicar a planilha é denunciar a si mesmo. Como vai explicar sua origem, sobre como a conseguiu?”

Fiquei calado, arrependido. Meio envergonhado. Tentando parecer inteligente de novo.

“Tem razão. Seria óbvio que…”

“Documentos assim são inacessíveis. São altamente secretos. Clandestinos. Sigilosos. Nem são documentos, oficialmente falando. No caso, um caderno comprado em papelaria, tudo nele escrito à mão. Autêntico. Comprometedor. Perigoso.”

“Sim, claro. Fique tranquila. Não vou fazer isso.”

Mais calma, ela advertiu: “Não fotografe isso. Não faça cópias. Não converta em arquivos digitalizados de nenhum tipo. Não vou tornar a dizer coisas assim sobre tudo o mais que eu vier a lhe passar. Não vou poder ficar cuidando de você. Entendeu?”.

“Certo”, assenti, fechando meu bloco de anotações e enfiando os papéis de volta ao envelope. Constrangido e começando a policiar a mim mesmo, gestos e frases. “Vou seguir suas orientações. Fique tranquila.”

“Se eu perceber qualquer risco desnecessário, desapareço.”

Eu não entendia ainda por que ela me disponibilizava tais denúncias, por que não temia ser punida também (caso houvesse alguma punição aos infratores), já que tinha acesso à intimidade do poder político estadual – e ela me havia antecipado, da outra vez, que conhecia algo em âmbito mais elevado, nas esferas federais. O certo era que eu já me via envolvido com essa situação inusitada, fascinante e perigosa. Cheguei a sentir um calafrio de dúvida e certeza, de conscientização e medo. Ajustei meus óculos, perguntei com voz tranquila e da maneira mais simpática que pude, em meio a uma nuvenzinha branca, mais densa que as anteriores, que demorava a dissipar-se: “Me diga. Por que você resolveu fazer isso? Denunciar essa gente. Uma obra terminada há quase cinco anos…”.

Não ouvi um único roçar de mãos sobre a mesa. Um mínimo som de quem sopra fumaça expirada. Um descruzar de pés. Um clique. Nada.

“Da próxima vez”, disse ela com admirável tranquilidade, “me traga um Malpro.”

Levantei-me devagar, com um suspiro de rendição, sem olhar para os lados. Peguei meu material, incluindo o envelope branco com as planilhas, fechei meu casaco, saquei meu personal, prevendo chamar um aero lá fora, e procurei uma maneira menos atrapalhada de me despedir. Até imaginei que, se eu partisse sem dizer nada, ela não se importaria. Não se ofenderia, não se incomodaria nada. E seria como se eu a estivesse imitando.

“Combinado”, respondi sem me animar muito. “Então… Boa noite. Obrigado por tudo.” Fui para casa tão ansioso e insone como no primeiro encontro. Tivera um dia de trabalho cansativo, e, ainda a essa hora da noite, que na verdade já eram horas da manhã, não sentia o menor sinal de sonolência.

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